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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aërinah se levantou e estudou sua imagem no grande espelho de prata em formato oval na parede. Seus cabelos   castanhos escorregavam em grandes cachos por seus ombros e se estendiam até a metade de suas costas. Sua pele branca reluzia sob o sol que entrava pelas janelas de seus aposentos. Seus olhos negros brilhavam refletindo uma parca ideia da luz que havia em seu coração.
Nesse momento a porta do quarto se abriu e Prímula e Ana, suas damas de companhia, e Marian, a criada, invadiram seu quarto. Enquanto era vestida e limpa, Lady Aërinah ouvia, sem grande atenção, os compromissos daquele dia. Seus pensamentos voavam longe... para algum lugar em seus sonhos onde poderia encontrar novamente o seu Cavaleiro Negro. Algo naqueles olhos convidavam-na, apresentavam um mistério a ser solucionado e mesmo que ela quisesse - e não era esse o caso - não conseguiria se libertar daquela armadilha.
Foi despertada de seus devaneios por Nicholay, o mensageiro do rei, que trazia um  pequeno bilhete: a dama deveria se encontrar com seu pai na sala do trono assim que estivesse devidamente vestida.

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